Alergia alimentar é um grupo de alterações com resposta imunológica anormal ou exagerada a determinadas proteínas alimentares. É geralmente transitória, acometendo crianças de até 3 anos de idade.
A intolerância alimentar é uma hipersensibilidade alimentar não alérgica, ou seja, é uma resposta anormal a um alimento ou aditivo, mas que não envolve o sistema imune. O indivíduo normalmente apresenta uma deficiência de enzimas que digerem açúcares, como no caso da intolerância à lactose, na qual a enzima é a lactase. A intolerância costuma durar a vida toda.
Nos Estados Unidos as alergias alimentares são responsáveis por 30.000 reações anafiláticas por ano, além de 100 a 125 óbitos. Para ser alérgico você deve ter a predisposição genética, apresentar falha nos mecanismos de tolerância imunológica, como o parto cesariana e a introdução precoce ao leite de vaca, além de entrar em contato com os alérgenos alimentares, ou seja, os alimentos que causam a alergia. Os alimentos mais comuns são:
Leite
Trigo
Oleaginosas (amendoim, castanhas, gergelim...)
Leguminosas (principalmente a soja)
Peixes e frutos do mar (principalmente o camarão);
Ovos 

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma das reações mais comuns na infância, porém pode ser transitória: 50% das crianças deixam de ser alérgicas ao leite no primeiro ano de vida, 70% por volta dos 2 anos e 85% até os 3 anos de idade. Nesses casos a utilização do leite de outros animais como o de cabra ou fórmulas de soja não são recomendadas, existem fórmulas específicas no mercado que são mais adequadas para promover o crescimento pôndero-estatural da criança. Atenção: a APLV é diferente da intolerância à lactose!
A alergia a aditivos alimentares como corantes, conservantes, edulcorantes, acidulantes e estabilizantes é extremamente raro (cerca de 1% dos casos de alergia alimentar).
As manifestações podem ocorrer alguns minutos ou até horas após a ingestão do alimento em questão. As principais manifestações clínicas são:
Diarreia ou constipação crônica;
Vômitos;
Irritabilidade;
Desnutrição; 
Inchaço;
Dores abdominais;
Distensão abdominal;
Sangue nas fezes;
Manifestações cutâneas e respiratórias.

Após o diagnóstico clínico de alergia ou intolerância alimentar, o tratamento dietético consiste na exclusão do alérgeno alimentar. No caso de crianças sob aleitamento materno exclusivo, não se deve interromper a amamentação, no caso a mãe deve realizar uma dieta de exclusão. É muito importante também a leitura dos rótulos dos alimentos, para se verificar se ele possui o alérgeno ou até traços dele em sua composição.