A cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução do estômago, é indicada para indivíduos com o IMC acima de 40 kg/m2 (obesidade mórbida) ou acima de 35 kg/m2 (obesidade moderada) que possuam doenças associadas. Porém, somente podem ser submetidos à cirurgia aqueles que já tentaram emagrecer por no mínimo 2 anos, sem sucesso.
O tipo de cirurgia mais comum é o Y de Roux, onde o estômago é reduzido drasticamente de tamanho e ligado ao jejuno (segunda porção do intestino delgado). A pessoa passa então a se alimentar de alimentos na forma líquida e em pequenas quantidades, e gradualmente vai-se aumentando sua consistência e quantidade. Uma consequência comum aos operados é a síndrome de "dumping", mal estar causado devido à rápida passagem dos alimentos do estômago ao intestino. Normalmente ocorre após o consumo de alimentos ricos em açúcar, e pode ocasionar taquicardia, sudorese, tontura, queda de pressão e diarréia.
A cirurgia gera a perda de peso por até 2 anos, após esse período ocorre a estabilização. Por isso a importância da mudança dos hábitos alimentares e da prática de atividade física, já que é justamente aí que muitos voltam a ganhar peso.
A cirurgia expõe a pessoa ao risco de desenvolver (ou mesmo agravar) a esteatose hepática, ou figado gorduroso, devido ao aumento da quantidade de lipídeos circulante. Além disso, o indivíduo dependerá de suplementação multivitamínica pelo resto da vida, uma vez que o duodeno (primeira porção do intestino delgado) é o principal responsável pela absorção dos nutrientes ingeridos.
Portanto, é importante conhecer os benefícios, riscos e consequências da cirurgia antes de se submeter a ela, principalmente para quem acredita que essa seja a maneira mais fácil e cômoda de se perder peso.