Os antepassados do homem moderno, ao contrário do que se pensa, não possuíam os alimentos cárneos como base da sua dieta. A explicação para isso é simples: nós não tínhamos o cérebro desenvolvido para realizar tal façanha! Caçar exige planejamento, ferramentas e estratégia, não sendo assim possíveis para seres tão primitivos.

Os hominídeos eram predominantemente vegetarianos, sem alimentando do que encontravam no seu caminho, como frutas e hortaliças. Estavam mais para presa do que predador, e no máximo comiam a sobre de carcaças que outros animais haviam abandonado. Ademais, nosso trato gastrointestinal é muito mais semelhante ao dos animais herbívoros do que dos carnívoros, e o mesmo se dá com relação à nossa dentição e mordida.

Eles só começaram a apresentar certo desenvolvimento cerebral a partir do momento que passaram a viver em regiões litorâneas, abundantes em peixes, moluscos e crustáceos. Isso porque nosso cérebro consome cerca de 23% da energia do nosso corpo, e os alimentos de origem animal são mais calóricos. Portanto, possivelmente uma dieta totalmente vegetariana teria prejudicado nossa evolução.

Descoberta do fogo x Obesidade

Todo alimento para ser digerido demanda uma certa quantidade de energia, e os alimentos ricos em fibras, como os vegetais crus por exemplo, demandam bem mais. Contudo, com a descoberta do fogo, eles passaram a cozinhar os alimentos, o que ocasionou em uma redução da termogênese pós-prandial, ou seja, passou-se a gastar menos energia para a digestão. Esse fato facilitou o consumo de vários alimentos bastante calóricos e levou a menor gasto calórico total, ocasionando em ganho de peso, que é um mecanismo do corpo para períodos de escassez.